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Este livro apresenta uma história contada pela própria morte a respeito de uma menina na Alemanha Nazista. Ao iniciar a leitura pensei: - Ihii... lá vem aqueles fatos nazistas que nos arrepiam e deixam impressionados pelo elevado grau de maldade que um ser humano pode chegar. Realmente, não tem como não ficar impressionada com tamanha estupidez e covardia do então chamado no livro “Führer Hitler”.
No entanto, esse livro é diferente de todos que li a respeito da Alemanha Nazista, conta a história de Liesel Meminger, uma garotinha que encontrou nos livros que furtava a oportunidade de fugir de sua triste realidade.
Apesar de ser a morte a contar a história, ela nos apresenta muitas vezes como bem humorada, fala da guerra e do comportamento dos seres humanos e, de vez em quando, se mostra cansada de tanto trabalho, resultado da guerra e da loucura do então “Führer”.
O livro é bem construído e de fácil leitura, a cada página consigo sentir o carinho e a admiração que Liesel tinha por cada livro, pois naquela época, somente eles conseguiam saciar sua sede de conhecimento, foi através desses livros que ela começou a aprender a importância das palavras, principalmente às relacionadas ao Nazismo, como ser “comunista”, ou ser “judeu”, etc.
Assim, a escolha por uma personagem principal que fosse uma ladra de livros se dá pela importância que o autor confere às palavras, principalmente a importância que elas tinham no período de guerra. Essa é a lição que se pode tirar após a leitura, não que bons livros tenham sempre que dar lições de moral. Mas bons livros têm a obrigação de acrescentar alguma coisa na vida do seu leitor. A importância da leitura, das palavras e de saber como e quando usá-las é o recado do autor.
Sonia - Bibliotecária
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