Um pingo de tudo que vivi
Me deixa flutuando no que tem por vir.
Vivi cada dia como se fosse o último.
Perdi batalhas que foram verdadeiras enxurradas
Ganhei outras jorrando alegrias para todos os lados.
Naveguei leve em dias de sol.
Despenquei cachoeiras com erros terríveis,
Mas sobrevivi a maioria das tempestades,
Sobrou apenas o que não me molhou,
Meu sonho com o infinito mar a contemplar-me, a minha vitória.
Aos trinta, reflito se cheguei à meia vida.
O tempo que ainda me resta quero botar num conta-gotas.
Os maremotos que estão por vir vão encontrar um navio maior,
Que formei devagar, sem pressa, com minhas forças e virtudes.
Meus pés descalços não furam mais com pequenos espinhos.
O rio da vida é assim.
Ir contra a correnteza.
Insistir no erro é um tiro n’água.
Desistir de transpor as maiores ondas, também o é.
Prefiro viver em águas profundas, Onde o silêncio é mais forte e a tranqüilidade é maior.
E continuo navegando
ResponderExcluirSonia