Biblioteconomia



Lembrando Affonso Romano de Sant’Anna em recente artigo:
Há uma crise no ar. Uma crise paradoxal. De 
excesso e de carência. Excesso de livros ou 
carência de leitores? Assim como um copo com 
metade de água pode ser visto como um espaço 
metade cheio ou metade vazio, permitam-me 
examinar a questão por outro ângulo, fazendo 
uma correção: o Brasil não produz livros 
“demais”, o Brasil produz leitores de menos.
Fonte: http://www.acquaviva.com.br/bibviva11/palestras/6.pdf




Cordel Bibliotecário



Peço a Deus inspiração
Pra ditar neste papel
De alguém que faz dos livros
O mais belo painel
Em um trabalho diário
Falo do Bibliotecário
Nas minhas rimas de cordel.

Leitura é o universo
Que fascina multidões
Que dá asas para a vida
Nos liberta dos grilhões
Letras são seus santuários
Dos livros os guardiões.

Só através das leituras
Conhecerão meus segredos
Meus sonhos, minhas vontades
Meus caminhos, meus enredos
Minhas dores e alegrias
Sorrisos e fantasias
Minhas vontades e medos

Com os livros são zelosos
E com eles têm ternura
Nos facilitam o acesso
Para o mundo da cultura
Uns dos livros têm ciúmes
Das frases amam os perfumes
Mas sempre amam a leitura.

Incentivam o leitor
Ao novo, ao desconhecido
A um mundo de palavras
E de sonho colorido
Seja homem ou mulher
Sempre descobre o que quer
O seu leitor mais querido

Bibliotecário com livros
Os preservam e empinham
Ao caminho dos leitores
Os seus passos sempre brilham
A leitura é seu sabor
Quando ganham um leitor
Seus olhos e alma brilham.

Também sempre organizam
Todos os bancos de dados
E se responsabilizam
Por tê-los classificados
Informações armazenam
E nenhum querer condenam
Todos são orientados.

Às vezes o seu trabalho
Tem anônimo valor
Isso ao bibliotecário
Nunca, nunca causa dor
Sua luta é ganhar leitores
Ajudar pesquisadores
No efeito multiplicador

Seus caminhos são preciosos
Suas ações são necessárias
Sejam biblitoecas públicas
Infantis, comunitárias
Sejam aquelas populares
Ou então as escolares
Mesmo as universitárias.

Tem os das bibliotecas
Que são especilizadas
Para uma área restrita
As coleções são voltadas
Novo mundo pode ver
Orientando o saber
Com pesquisas detalhadas

Eles que nos facilitam
O encontro da informação
Mais do que arrumar estantes
é a total transformação
Da arte para cência
Todo dia uma experiência
Entra em seu coração.

Comum é os bibliotecários
Promoverem oficinas
Exposições e sessões
De leitura superfinas
Encantando com histórias
Retiradas das memórias
Os meninos e meninas.

E na era da Internet
Em que tudo é progresso
E nesse mundo Higt-tech
Será que eles têm ingresso?
Não  importa muito o meio
Eles ofertam o passeio
Pra todos terem acesso.

Mas não são somente flores
No dia dos bibliotecários
Muito trabalho estressa
E também baixos salarios
Fazer os investimentos
Para os reconhecimentos
Sempre serão necessários

Mas com amor vão levando
E nunca perdem o pique
O universo da leitura
Para eles são o tique
Lutam pra que a nação
Seja justa e então
Mais harmônica ela fique

Vou parar o meu cordel
Com amor e alegria
Mas o verso bem rimado
Sempre, sempre prestigia
Quem adora os glossários
Salve os bibliotecários
Adeus, até outro dia

César Obeid (escritor cordelista)




O divórcio do catalogador com o AACR2 por causa da nova forma de representação chamada RDA


¾    Comadre! Ouvi dizer que estão se separando.
¾    Verdade?  Não acredito! Parecia um casal tão apaixonado.
¾    Era só representação. Dizem que é problema de incompatibilidade.
¾    Isso é sinal dos tempos. Coisa dessa modernidade.
¾    Pode ser mesmo. Mas ela tem temperamento difícil, não abre mão das regras.
¾    Verdade, Comadre?
¾    Falam que ela não aceita rever a relação. Aí a convivência fica difícil.
¾    E ele?
¾    Comentam que ele está tendo que lidar com novas situações e que ela não ajuda, aocontrário emperra.
¾    Coitada! Mas deve ter outra na vida dele, ninguém rompe uma relação de 32 anos à toa não.
¾    O comentário é que há, e isso está mudando a cabeça dele. Até rejuvenesceu, e anda todo disposto pro desempenho profissional.
¾    Para mim não passa de um catalogador sem-vergonha.

O DIVÓRCIO DO CATALOGADOR: AACR2 OU RDA - Fernando Modesto




O tempo é um rio... e os livros são barcos. Muitos volumes navegam por essas águas e acabam naufragados e irremediavelmente perdidos em suas areias. Pouquíssimos são aqueles que suportam os rigores do tempo e vivem para abençoar as épocas futuras.