quarta-feira, 18 de junho de 2014

Castelo

Fonte: http://ruan-1994.blogspot.com.br/
Ninguém me vê.
Eu não saio.
Vivo sozinha em meu  castelo,
Meu ócio é todo amarelo
E não tenho tempo pra ninguém.
Ninguém me vê de camisola e chinelo,
Não abro os portais do meu castelo...

Jamais foi vã minha ruptura,
A vida lá fora foi dura,
E dura eu voltar a cantar.
Meu canto só Deus escuta,
Também é d'Ele minha labuta,
De ter que sair, querendo ficar.
Por isto me aquieto e da janela,
Vejo uma vida amarela,
Vivendo em meu lugar.

Gláucia Carvalho